Imagem- Por Aroeira
Luiza
Erundina alguns dias atrás disse um
sonoro não ao Lula, o motivo foi uma aliança política com o Sr Paulo Maluf para
as eleições municipais, acordo que a deputada não “engoliu”.
No final da
década dos anos 70, Erundina era assistente social e líder comunitária. Sua
ideologia sempre foi o socialismo, e na época arquitetava invasões de terras em
prol dos menos favorecidos.
Suas
convicções, seus amigos e inimigos eram evidentes e facilmente reconhecidos.
Podia-se não concordar com seus pensamentos e atitudes, mas ninguém podia lhe tirar o mérito de lutar por suas causas, bem como colocar a própria vida em
risco por elas.
Em 1982 foi
eleita vereadora, posteriormente prefeita, e atualmente é deputada federal. Consegue
manter ainda certa credibilidade, mas
suas atitudes são bem diferentes do passado idealista. Na sua trajetória
política fez uma aliança com Orestes Quércia, a quem sempre criticou em todos
os aspectos, considera o Lula um aliado, mas segundo Maluf o Lula foi mais de direita como
presidente do que ele próprio o seria. Fico me perguntando em que o Lula e o
Maluf são diferentes hoje em dia como políticos.
No meio
desses pensamentos me ocorreu o quanto o quanto o cristianismo atual no Brasil
é parecido com as contradições da Erundina. O quanto ele perdeu suas convicções
e ninguém consegue enxergar com clareza suas posições.
A pureza do
evangelho está somente nas páginas das Escrituras, não faz parte da grande
maioria dos lideres e nem dos seus seguidores. Algumas décadas atrás se arriscava e até alguns deram suas vidas
pela verdade da Bíblia. Mesmo os que não concordassem com seus ensinamentos,
normalmente admiravam seus proclamadores por sua coragem, idealismo e conduta.
Muitos
religiosos hoje em dia com seus lábios dizem não ao que é espúrio, mas ao mesmo
tempo abraçam alianças escusas. Os cristãos valorizam as liturgias, mas
esquecem a santidade.
Não sei se
a Erundina conseguirá algum dia reconquistar sua identidade. Mas como cristão
acredito que precisamos mais uma vez voltar ao primeiro amor, afinal na política se faz alianças circunstanciais
e passageiras, mas as espirituais são
eternas.
Marcos Ortega.
Nenhum comentário:
Postar um comentário