terça-feira, 3 de julho de 2012

Erundina e o cristianismo




                                Imagem- Por Aroeira


Luiza Erundina  alguns dias atrás disse um sonoro não ao Lula, o motivo foi uma aliança política com o Sr Paulo Maluf para as eleições municipais, acordo que a deputada não “engoliu”.
No final da década dos anos 70, Erundina era assistente social e líder comunitária. Sua ideologia sempre foi o socialismo, e na época arquitetava invasões de terras em prol dos menos favorecidos.
Suas convicções, seus amigos e inimigos eram evidentes e facilmente reconhecidos. Podia-se não concordar com seus pensamentos e atitudes, mas ninguém podia lhe tirar o mérito de lutar por suas causas, bem como colocar a própria vida em risco por elas.
Em 1982 foi eleita vereadora, posteriormente prefeita, e atualmente é deputada federal. Consegue manter ainda  certa credibilidade, mas suas atitudes são bem diferentes do passado idealista. Na sua trajetória política fez uma aliança com Orestes Quércia, a quem sempre criticou em todos os aspectos, considera o Lula um aliado, mas segundo  Maluf o Lula foi mais de direita como presidente do que ele próprio o seria. Fico me perguntando em que o Lula e o Maluf são diferentes hoje em dia como políticos.
No meio desses pensamentos me ocorreu o quanto o quanto o cristianismo atual no Brasil é parecido com as contradições da Erundina. O quanto ele perdeu suas convicções e ninguém consegue enxergar com clareza suas posições.
A pureza do evangelho está somente nas páginas das Escrituras, não faz parte da grande maioria dos lideres e nem dos seus seguidores. Algumas décadas atrás  se arriscava e até alguns deram suas vidas pela verdade da Bíblia. Mesmo os que não concordassem com seus ensinamentos, normalmente admiravam seus proclamadores por sua coragem, idealismo e conduta.
Muitos religiosos hoje em dia com seus lábios dizem não ao que é espúrio, mas ao mesmo tempo abraçam alianças escusas. Os cristãos valorizam as liturgias, mas esquecem a santidade.
Não sei se a Erundina conseguirá algum dia reconquistar sua identidade. Mas como cristão acredito que precisamos mais uma vez voltar ao primeiro amor, afinal na  política se faz alianças circunstanciais e  passageiras, mas as espirituais são eternas.


 Marcos Ortega.




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